Tudo cabe na Paulista

 Uma viagem direto no túnel do tempo, cresci escutando falar da tão famosa Avenida Paulista, hoje, fui apresentado da maneira mais poética possível, dia lindo em São Paulo, céu azul e os olhos de agradecimento ao observar a sua grandeza cruzando cada esquina, olhando cada prédio, muita história para desbravar, a vontade foi de ficar sentado na porta de cada edifício colhendo, atento cada chegada e partida dos funcionários. Gente de todo tipo, todos se encontram naquele espaço.

É lugar de manifesto, a visibilidade da dor para encontrar outras vozes, o grito para questionar a covardia e não perder a esperança de dias melhores. No Masp passei por um grupo que estava reunido em prol de uma causa, o povo passava, olhava e seguia o seu caminho, mas algo fica para reflexão, sempre fica.

As impressões são inúmeras, um artista vendendo os seus quadros, cada pintura retratando um ponto da Paulista, do lado uma artista tocava guitarra, tinha também uma cantora com a voz encantadora, a plateia era itinerante, o paulistano não para, segue o fluxo.

E os casais, ah! o amor latente que vence o concreto e mexe com a gente, das mãos dadas para falar como foi o dia de trabalho, da máscara para demonstrar consciência e prevenção, do amor livre desfilando na passarela que pulsa o coração do Brasil. Tudo cabe na Paulista dos encontros, percepções e dos novos horizontes, amanhã será um novo dia.