Caetanear é preciso para preservar a alegria no coração apesar de tantas injustiças. Caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento. É filosofia de vida, mas também é retrato de uma época de silêncio e tortura, tudo com aval daqueles que se diziam preservar a integridade do povo. Os verdadeiros inimigos da liberdade. Do alto da sua juventude a coragem e o medo de mãos dadas para vencer os seus algozes.
A força bruta que exterminou tantos corações valentes se fez o presente de hoje. Ainda atordoado, mas atento, observando emergir os podres poderes que insistem em envergonhar a nação estampando os jornais e revistas a corrupção de outrora que segue maldita no comando.
Mesmo calado a mentira não foi a vitoriosa, teve música, melodia e recado. Como é difícil combater quem derrama sangue sobre a dor alheia em nome de uma justiça maquiada. Manter a saúde mental embriagado de notícias inventadas dentro de uma sala vazia e de sentimentos de revolta diante de tanta covardia.
Ainda assim, Caetanear se faz necessário para encarar o presente e jamais permitir o passado da censura. O impedimento da liberdade de expressão, o autoritarismo e a tortura, um conjunto horroroso de medidas sem justificativas. Crueldade! Apesar de tudo, amanhã há de ser outro dia.
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